Estágio Supervisionado IV - 2010.1

Este é o blog da disciplina Estágio Supervisionado IV da disciplina Estágio Supervisionado IV, do curso de Licenciatura em Química da UNEB, no semestre 2010.1.
O objetivo é fornecer subsídios para a realização desta etapa fundamental na formação do educador em química. Pretendemos promover maior interação entre os participantes da disciplina, através de avisos, dúvidas, sugestões e a participação proativa.





quarta-feira, 14 de abril de 2010

Fórum de Discussão I - Obstaculos à Aprendizagem

Conforme nossa última aula, vocês devem postar nesse fórum exemplos de obstáculos a apendizagem presentes em livos didático e paradidáticos, artigos, notícias, categorizando-os de acordo com o texto distribuído em sala. Os critérios de avaliação da participação nesse fórum são:

Participante - Não oferece contribuição para a discussão; não há evidências de que apresenta conceitos ou opiniões. Apenas participou porque emitiu uma mensagem, expôs-se frente ao grupo, mas não traz contribuições significativas à temática, não informou nem sugeriu com links, ou outros textos de suporte;

Colaborador - Faz intervenções relacionais colabora com algumas reflexões e indicações referentes à temática em questão; explicita conceitos e expressa posturas, traz alguns elementos para a discussão, mas não vai além do texto, não aprofunda;

Interventor - Faz Intervenções interpretativas e críticas, além de possuir todas as características do sujeito colaborador, acrescenta novos elementos à discussão da temática; dá outro direcionamento à discussão, desdobrando-a; sistematiza, amplia o assunto abordado.

O prazo para postagem é até o dia 19/04/2004.

11 comentários:

  1. No livro Química Volume único dos autores João Usberco e Edgard Salvador, na página 17 da unidade I, há uma tiragem para mostrar que nem sempre os experimentos confirmam as previsões feitas a respeito de novos experimentos. Nessa tiragem o cientista faz a previsão, faz o experimento, tirar as conclusões e em seguida faz um prognostico dizendo que se não houve reação com determinadas substâncias nas condições aplicadas, então outras substâncias também devem reagir. Então ele simplismente joga as demias substâncias e acaba ocorrendo uma explosão. Tudo isso para mostrar a modificação das idéias. Mas será que precisa de tudo isso para mostrar que o conhecimento é construído a parrtir de um processo contínuo de erros e acertos? Esse pode ser um obstáculo para a aprendizagem porque acaba alimentando ainda mais a idéia de que tudo em química é extremamente perigoso e que ela se restringe ao ambiente laboratorial. Alguns estudantes acham que tudo em química é uma loucura distante deles e com esses exemplos em livros didáticos tal pensamento de torna ainda mais fixo na cabeça deles.
    Na página 86 Parte 1 de Química Geral, quando ele fala da energia de ionização traz um desenho para exemplificar o fato de a segunda energia de ionização ser maior do que a primeira energia de ionização. Nesse desenho ele mostra um átomo de Mg com o núcleo central e as três camadas de forma circular. O menino retira da última camada o primeiro elétron e quando ele vai retirar o segundo elétron ele não consegue e para fazer com ele saia ele coloca o pé tipo como se tivesse com uma dificuldade extrema. Mas será que é assim mesmo? Que é desse jeito tão simplificado? Algumas vezes certas analogias podem até facilitar o entendimento, mas outras podem restringir a aprendizagem e não torná-la significativa. Além desses obstáculos existem outros, coomo por exemplo as setas para mostrar a variação do raio atômico, da afinidade eletrônica, da eletronegatividade e etc. Essas setas limitam o entendimento e o aluno passa a decorar a direção da seta, quando ele podia entender e perceber que não é tão complicada essas variações.
    No youtube tem um vídeo cujo link é http://www.youtube.com/watch?v=fi8XWdTGo5w&feature=PlayList&p=7204D9E405B856B5&playnext_from=PL&playnext=1&index=5, que dá vida aos elementos químicos. No momento, por exemplo, em que o átomo de carbono encontra os átomos de hidrogênio eles se olham e os átomos de hidrogênio correm e abraçam o átomo de carbono. O mesmo ocorre com os demais elementos químicos. Outro vídeo que encontrei tem uma música para decorar a tabela periódica ( precisa isso???, meu Deus!!!). O link é: http://www.youtube.com/watch?v=TnxlY0yyzUI. Ele fala assim: Ei, você que ta louco pra aprender a tabela periódica, mas não sabeneeem por onde começar...Ninguém merece isso!!! Não ha necessidade alguma de se decorar a tabela periódica, afinal ela não é para ser decorada. Ela é um instrumento, uma ferramenta e como toda ferramenta é preciso saber usa-lá. Para isso o professor deve ensinar ao seu aluno de que forma explorá-la mostrando que dela se pode tirar informações importatinssimas. As pessoas já acham que tabela periódica é um assunto chato e difícil aprendizado, com esses obstáculos então é que fica mais complicado ainda.

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  2. Muito bom Grazi!
    Só senti falta da apropriação dos termos do texto: obstáculo animista, substancialista...

    E cadê a postagem dos demais? Assim não vai dar para estabelecer uma discussão.

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  3. Na pagina 40 da 5ª edição do livro Química volume único de Usberco e Salvador, no capitulo sobre a matéria, tem uma questão sobre mudança de estado físico, na qual tem uma tirinha da turma da Mônica em que aparece a água passa do estado sólido para o líquido e em seguida para o estado gasoso e no final o personagem Cascão fala com o vapor d’água que ela não a agrada de nenhum jeito. Nessa tirinha ocorre a personificação da substância o que causa um obstáculo, já que sabemos que não tem esse comportamento que as substâncias não mudam de estado físico para agradar nem perseguir ninguém, visto que o personagem Cascão diz essa frase por não gostar de água, e isso pode dificultar que o estudante entenda a real justificativa para a mudança de estado físico.
    Neste mesmo livro, na pagina 474, na unidade sobre introdução a química orgânica, tem uma tirinha da Branca de neve e os sete anões na qual a Branca de neve se queixa de ter que saber todas as gnomenclatura (nome dos anões), e isto se torna um obstáculo para o estudante, pois por fazer uma associação com a nomenclatura dos compostos orgânicos, eles iniciam seus estudos achando que é realmente difícil saber essa nomenclatura desses compostos o que pode dificulta o seu aprendizado.

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  4. “[...] Obstáculo epistemológico segundo Bachelard, está ligado às diferentes concepções que se estabeleceram ao longo da evolução histórica e que levam a explicações, certezas ou conceitos pré-concebidos que dificultam a mudança, a superação de tais concepções e afastam a perspectiva de um julgamento à luz da razão [...]”. Seguindo estes pensamentos, no decorrer da nossa prática de ensino podemos nos deparar com diversos obstáculos epistemológicos, eles podem ser encontrados em livros didáticos, podem ser atribuídos à nossa linguagem em uma aula imaginando o professor que está facilitando a adequação da linguagem científica, quando muitas vezes ele está é criando meios de dificultar uma concepção correta de assuntos muito abstratos. No ensino de Química que é o nosso foco de estudo, não é difícil encontrar obstáculos animistas tais como o descrito no trecho a seguir:

    “Em meio a uma banda proibida em uma nuvem eletrônica, alguns elétrons conversam para passar o tempo.
    - Este lugar está muito chato. Não há nada para fazer.
    - Concordo - respondeu outro elétron - Isto aqui é uma prisão. Deviam acabar com essas malditas camadas de valência.
    Um terceiro elétron entra na discussão:
    - Pois eu logo vou sair daqui. Aposto todo dia na loteria eletrônica e pretendo ganhar um fóton altamente energético. Com ele vou dar um salto quântico e me tornar um elétron livre.
    O primeiro elétron, esboçando um sorrisinho de deboche, rebate:
    - Vã esperança. Você sabe bem que o tunelamento quântico é muito difícil de acontecer.
    Ouvindo a conversa acirrada dos colegas, um velho elétron, segurando sua bengala, que com dificuldade mantinha seu spin alinhado, esbanjando sabedoria intervém:
    - Há milhões de unidades de tempo estou confinado neste lugar. Já fiz parte do tecido de estranhas criaturas como os dinossauros. Já vi muitas coisas estranhas acontecerem. Vocês jovens, só pensam em liberdade. Pois saibam que a vida lá fora é muito difícil, muito perigosa. A qualquer momento um elétron pode ter seu fim decretado pelo choque com outras partículas ou radiações energéticas. Além do mais, a vida de um elétron livre não é permeada de glórias. Não fosse assim, eles não viviam tentando se recombinar.
    Enquanto isso, em um condutor, um bando de elétrons também jogam conversa fora.
    - Não estou legal hoje. Minha função de onda me diz que a probabilidade de eu estar com vocês aqui neste momento é quase zero. Entretanto eu estou aqui. Deve ser por isso que não estou me sentindo bem.”

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  5. Este texto encontra-se por completo no site: http://www.humornaciencia.com.br/fisica/vida-eletron.htm. O tipo de obstáculo encontrado neste texto é o obstáculo animista, este segundo Bachelard, é um obstáculo a compreensão do verdadeiro espírito científico, pois tenta concretizar aspectos da matéria que só poderiam ser descritos ou compreendidos pela via da abstração.
    “Um outro tipo de obstáculo epistemológico é o substancialista, o qual consiste em uma tendência quase natural de se atribuir qualidades a substancia, a valorização das sensações, como o gosto e o cheiro, propriedades organolépticas para o critério de classificação de substancias, como sabor azedo dos ácidos etc.” No livro de Ricardo Feltre, volume 1, na 5ª edição, este obstáculo substancialista é encontrado nas páginas 239, 247, que descrevem ácidos são substancias que possuem sabor azedo e bases são substancias que possuem sabor adstringente.
    Folheando um pouco mais os livros mais antigos de Ricardo Feltre, podemos encontrar ainda imagens que propõem certo movimento, porém este não se encontra perfeitamente compreensível aos olhos de um aluno de Ensino Médio. Esta figura se encontra na pagina 115 do volume 3, 5ª edição do mesmo autor. A imagem representa a explosão da gasolina num motor de automóvel, contudo esta não apresenta uma explicação por uma seqüência lógica ao longo do texto, as setas que indicam direção de movimento não estão muito bem sinalizadas e isso pode dificultar a compreensão do conteúdo, podendo dessa forma atuar como um obstáculo epistemológico.
    Os professores devem levar em conta que o adolescente entra nas aulas de Química com conhecimentos empíricos já constituídos pela vida cotidiana, e o professor como tal deve derrubar estes obstáculos já sedimentados, recriar o ensino com base nas práticas pedagógicas atuais.

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  6. No livro Química na abordagem do cotidiano, dos autores Tito e canto, Volume único, 3° edição, pág 108 tem-se a seguinte citação "...,temos um amontoado organizadoo de íons metálicos positivos...". O termo amontoado representa um obstáculo verbal, pois na tentativa de simplificar um conceito complexo os autores acabam por usar um termo do conhecimento comum e distorce o real significado. Ainda, na página 44 da mesma referência temos “A metralhadora usada por ele lançava pequenas partículas portadoras...". Buscando explicar o experimento de Rutherford faz uso de mais um obstáculo verbal (metralhadora), contribuindo para um conceito errado a respeito da radioatividade e também para partículas.

    Recomendação para leitura:http://www.rbep.inep.gov.br/index.php/RBEP/article/viewFile/346/356.

    Karla Brito

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  7. Obstaculos a aprendizagem relacionado ao uso de simbolos e imagens, pode ser observado nas figuras das paginas 496, 516 e 518, do livro de Martha Reis - Interatividade Quimica: cidadania, participacão e transformacão, vol. unico, 2003, em que utiliza modelos para representar moleculas orgânicas com ligacões simples, duplas (ureia e eteno) e triplas (etino). O problema esta na representacão da ligacão sigma que parece sumir nas duplas e triplas ligacões. Este modelo auxilia bastante, porem apresenta esta limitacão que podera ocasionar interpretacões errôneas tanto para quem esta ensinando, quanto para quem esta aprendendo.

    Observacão: Por favor, releiam este comentario fazendo as acentuacões corretas, pois algumas teclas do teclado utilizado não estão em bom funcionamento, como o "c" cedilhado e o "shift". Desde ja agradeco a compreensão.

    Cleber Santana

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  8. Concordo quando Taiana fala a resppeito da charge da branca de neve que há no livro de Usberco e Salvador. Em um livro de química de Feltre há uma passagem que mostra uma molécula de DNA, em sua estrutura em dupla hélice, cansada por ter que decorar tantas informações. Não estou com esse livro em mãos para passar mais informações para vocês, mas lembro bem que ele fazia associação com algo de nomenclatura. Essa forma animista de ensinar torna-se um obstáculo na medida em que conceitos errados são usados para "facilitar" a aprendizagem, como pode ser visto no comentário de Cléber a respeito da abordagem de ligações no livro de Martha Reis. O estudante pode e consegue entender ligações simples, duplas e triplas sem que o professor simplismente esqueça a existência da ligação simples. O discente pode levar para a sala de aula bexigas para mostrar aos alunos uma ligação sigma, como se dá as ligações pi. Não é necessário simplificar tanto, pois isso pode gerar um obstáculo, podendo este vir a ser intransponível(o aluno pode ter tanta dificuldade em entender esse assunto que mais tarde, quando ele precisar desse conceito para entender outro conteúdo não vai saber como utiliza-lo).
    kkk...metralhadora foi ótimo!!!Os alunos já acham que química é coisa de maluco e que tudo é perigoso que quando eles lêm que Rutherford usou uma metralhadora para lançar partículas portadoras vão achar que ele era o exterminador do futuro!!! Me deixe, viu?!

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  9. Nós sabemos que é comum o uso, em sala de aula, de diversas estratégias com o intuito de facilitar a aprendizagem. Muitas delas, como analogias, metáforas, imagens, modelos e outras presentes nos materiais didáticos e que são amplamente utilizadas por docentes, deveriam ser fonte de reflexão sobre suas implicações. O trecho do texto presente no site Humor da Ciência, cujo link ela forneceu e eu fui visitar, que Drica postou é extremamente animista. O nome do texto é Vida de elétron e vale a pena vocês também visitarem e darem uma lida em todo o texto, tem muito mais coisas lá...Tudo bem que o professor queira facilitar o entendimento do aluno, mas tudo tem um limite.
    Saindo um pouco da química, tem uma parte em que o autor ensina física de semicondutores da seguinte foma: Britney Spears ensina física de semicondutores.
    Finalmente uma maneira atraente de aprender essa difícil matéria!
    Você acha isso...E ai mostra uma figura contendo a banda condutora e a banda de valência... difícil?
    Tente desta forma...
    A partir daí ele passa a mostrar partes do corpo de Britney Spears com alegenda de banda de valência e banda de condução.
    No final ele fala assim:
    Para saber mais sobre esse excitante método de aprendizado, clique no banner abaixo. E ai tem um banner com as mesmas coisas. Sei que o nosso foco aqui é a química, mas não podemos deixar de mostrar os obstáculos ao aprendizado existentes em outras disciplinas.Deem uma olhada, tem mais coisas desse tipo.
    Gente, eu estou abismada!!! Há coisas absurdas nesse site!! Vejam só algumas frases que ele mostra:
    "A física está para a matemática, assim como o sexo está para a masturbação"Richard Feynman

    "As leis da física moderna são como as salsichas: melhor não ver como foram feitas. "
    - Alberto Mesquita filho

    Sei não, viu??!!!

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  10. Rsss, muito bom Grazi!!!
    A postura crítica deve ser construída a partir das referências que internalizamos.

    Se vocês se apropriarem da referência de Bachelard, assim como das outras que disponibilizamos, e aplicarem tais referências na sua prática educativa, tenham certeza que serão reconhecidos como agentes de transformação.

    Alguns comentários e posturas de vocêsjá apontam essa direção.

    Continuem na discussão.

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  11. Segundo Adrover e Duarte (1995) "a estratégia analógica de instrução consiste em uma modalidade de explicação, onde a introdução de novos conhecimentos por parte de quem ensina, se realiza a partir do estabelecimento explícito de uma analogia com um domínio de conhecimento mais familiar e melhor organizado, que serve como um marco referencial para compreender a nova informação, captar a estrutura da mesma e integrá-la de forma significativa na estrutura cognitiva."Dessa maneira, é fundamental que todos os docentes saibam o real significado das metáforas e analogias sem perder de vista os termos, símbolos e signos apropriados a área de interesse, pois de forma contrária (como os exemplos citados e comentados pelos colegas), o que seria um facilitador para a compreensão do educando tornasse um empecilho.

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